Disruptores endócrinos são definidos como compostos exógenos que interferem em síntese, secreção, transporte, metabolismo, ligação e/ou eliminação de hormônios naturais do sangue no corpo humano; alterando os sistemas hormonal e homeostático, segundo o estudo de Tang et al. (2020).

A exposição a desreguladores endócrinos se dá por meio de diversas fontes distribuídas no cotidiano, pois são feitos pelo ser humano e estão comumente presentes em pesticidas, plásticos (por exemplo, bisfenol A, também conhecido como BPA), produtos cosméticos, plastificantes, agentes farmacêuticos e fitoestrogênios (presentes em alguns alimentos) (TANG et al., 2020).

Disruptores endócrinos X gestação

Os desreguladores endócrinos podem ser absorvidos por meio da cadeia alimentar, da pele e do trato respiratório. Em mulheres grávidas, a exposição química pode atingir o feto por meio da placenta; sendo que mudanças sutis placentárias, durante o primeiro trimestre da gestação, podem alterar o desenvolvimento fetal (KOUAL et al., 2020; TANG et al., 2020).

Impacto dos desreguladores hormonais: do embrião à idade adulta

A exposição fetal a esse tipo de substância pode afetar vários sistemas fisiológicos, como sistemas nervoso, imunológico, reprodutivo e hormonal; e possivelmente levar a malformações congênitas (TANG et al., 2020).
Durante o desenvolvimento embrionário, o contato com BPA é capaz de levar a várias anormalidades, pois a substância química interfere nos hormônios gestacionais, como Gonadotrofina Coriônica Humana, também conhecido como hCG; e pode causar alterações no crescimento placentário. Além disso, a longo prazo, possibilita o aumento do risco de câncer de mama na idade adulta devido à possível ligação do componente químico com receptores de estrogênio (KOUAL et al., 2020; TANG et al., 2020).

Sob o mesmo ponto de vista, no recém-nascido, devido à função hepática imatura, o BPA atua como antagonista do receptor andrógeno, afetando o sistema reprodutivo masculino (KOUAL et al., 2020; TANG et al., 2020).

Estresse oxidativo e detoxificação

O metabolismo dos organoclorados pode produzir uma grande quantidade de espécies reativas de oxigênio (EROs), comprometendo o sistema antioxidante, a função mitocondrial e, consequentemente, o DNA celular. Dessa forma, o aumento de citocinas pró-inflamatórias favorece o desenvolvimento e/ou agravamento de patologias (KOUAL et al., 2020).

Orgânicos e saudabilidade

Segundo Nathan et al. (2021), a crescente demanda por alimentos orgânicos pode ser um reflexo da preocupação dos consumidores em relação aos efeitos devastadores da agricultura convencional no meio ambiente e também na saúde; levando em consideração que a agricultura orgânica não o permite o uso de nenhum tipo de substância que comprometa o indivíduo e o planeta.

Para Schäufele e Janssen (2021), a agricultura orgânica é capaz de promover a transformação em direção à sustentabilidade devido aos efeitos positivos para o meio ambiente, principalmente no que diz respeito à biodiversidade; fazendo com que os consumidores sejam impulsionados e tomem decisões de compra mais sustentáveis.

Carboidratos e fibras

A literatura aponta que açúcares de adição como sacarose, xarope de milho e presentes em sucos concentrados, mesmo que não adoçados; podem levar ao aumento de TG pós-prandial devido ao processo de metabolização da frutose, a qual gera ácidos graxos mais rapidamente do que a glicose, aumentando deposição de lipídeos no fígado e produção de VLDL (consumo superior de 50g ao dia) (MALESZA et al., 2021).

A ação das fibras solúveis na redução do colesterol está relacionada com a formação de um gel que se
liga aos ácidos biliares no lúmen intestinal, aumentando sua excreção nas fezes e reduzindo sua reabsorção no ciclo entero-hepático. Esse processo induz síntese de novos ácidos biliares, diminuindo o colesterol circulante (MALESZA et al., 2021).

Da mesma forma, os Ácidos Graxos de Cadeia Curta (AGCC), produzidos através da fermentação do amido resistente pelas bactérias intestinais no intestino grosso, também colaboram para redução plasmáticas das gorduras plasmáticas (MALESZA et al., 2021). 

A Jasmine foi a primeira empresa brasileira a acreditar e investir na agricultura orgânica do Brasil; sendo pioneira no desenvolvimento de uma linha completa de produtos orgânicos integrais, isentos de adubos químicos, agrotóxicos e sementes transgênicas; sendo benéficas tanto para a saúde humana, como planetária.

Nessa linha são encontrados produtos como cookies, granolas, bebidas vegetais, amaranto, quinoa, calda de agave e snacks salgados; podendo ser usados em diversas condições clínicas e nos mais variados momentos de consumo.

REFERÊNCIAS

TANG, Zi Run et al. Oestrogenic Endocrine Disruptors in the Placenta and the Fetus. Int J Mol Sci. China, p. 1-39. 23 fev. 2020. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32102189/. Acesso em: 05 jul. 2022.

KOUAL, Meriem et al. Environmental chemicals, breast cancer progression and drug resistance. Environ Health. Paris, p. 1-62. 17 nov. 2020. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33203443/. Acesso em: 05 jul. 2022.

NATHAN, Robert Jeyakumar et al. Food Innovation Adoption and Organic Food Consumerism-A Cross National Study between Malaysia and Hungary. Foods. Malásia, p. 1-48. 7 fev. 2021. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33562411/. Acesso em: 05 jul. 2022.

SCHÄUFELE, Isabel; JANSSEN, Meike. How and Why Does the Attitude-Behavior Gap Differ Between Product Categories of Sustainable Food? Analysis of Organic Food Purchases Based on Household Panel Data. Front Psychol. Alemanha, p. 1-38. 16 fev. 2021. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33679515/. Acesso em: 05 jul. 2022.

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