Nutrição Clínica
O aleitamento materno como medida protetiva do câncer de mama e ovárioso!
Relação entre câncer de mama e aleitamento materno
Histórico familiar, mutação nos genes BRCA1 e/ou BRCA2, idade precoce da menarca e idade tardia da menopausa, baixo número de gestações a termo, idade tardia da primeira gravidez completa, curta duração cumulativa da amamentação, alta quantidade endógena de estrogênio, aumento do IMC, doenças mamárias benignas complexas, alta densidade mamográfica mamária e consumo de álcool são fatores fortemente relacionados ao câncer de mama (BOTHOU et al., 2022).
Em análise de 47 estudos epidemiológicos multipopulacionais, compostos por 50.302 mulheres com câncer da mama e 96.973 casos controle de 30 países, constatou-se que o risco relativo de neoplasia mamária da mama é reduzido em 4,3% por cada 12 meses de amamentação (BOTHOU et al., 2022).
De acordo com Qiu et al. (2022), a razão para isso reside na complexidade do processo de amamentação. Durante o nascimento, ocorrem várias mudanças hormonais que afetam o tecido mamário. Eis como o aleitamento materno atua como medida protetora
Em análise de 47 estudos epidemiológicos multipopulacionais, compostos por 50.302 mulheres com câncer da mama e 96.973 casos controle de 30 países, constatou-se que o risco relativo de neoplasia mamária da mama é reduzido em 4,3% por cada 12 meses de amamentação (BOTHOU et al., 2022).
De acordo com Qiu et al. (2022), a razão para isso reside na complexidade do processo de amamentação. Durante o nascimento, ocorrem várias mudanças hormonais que afetam o tecido mamário. Eis como o aleitamento materno atua como medida protetora
Redução da exposição a estrogênios
A amamentação suprime a ovulação, assim, reduzindo a exposição da mulher a níveis elevados de estrogênios, que estão associados a um maior risco de câncer de mama (FAN et al., 2023).
Diferenciação do tecido mamário
O processo de amamentação induz à diferenciação do tecido mamário, onde as células são modificadas para gerar leite pós-gravidez, desse modo, diminuindo a vulnerabilidade dos tecidos mamários aos efeitos cancerígenos (QIU et al., 2022).
Limpeza das células mamárias
A sucção do bebê durante a amamentação ajuda a eliminar células mamárias danificadas ou potencialmente cancerígenas, isso contribui para diminuir a capacidade de resposta às mutações (FAN et al., 2023).
Além disso, a amamentação pode diminuir as concentrações séricas de insulina nas mulheres e reduzir ainda mais as concentrações séricas do fator de crescimento semelhante à insulina IGF-1, o que pode afetar a proliferação e a antiapoptose de células malignas (FAN et al., 2023).
Além disso, a amamentação pode diminuir as concentrações séricas de insulina nas mulheres e reduzir ainda mais as concentrações séricas do fator de crescimento semelhante à insulina IGF-1, o que pode afetar a proliferação e a antiapoptose de células malignas (FAN et al., 2023).
Câncer de ovário e aleitamento materno
Além do câncer de mama, o aleitamento materno também demonstra oferecer proteção contra o câncer de ovário. Os mecanismos biológicos por meio dos quais a amamentação pode reduzir o risco de câncer de ovário não são bem compreendidos. Até o momento, a principal hipótese tem sido que a supressão da ovulação durante a amamentação inibe a divisão e proliferação de células epiteliais, assim, reduzindo a oportunidade de iniciar ou promover a carcinogênese (BABIC et al., 2020).
Segundo Babic et al. (2020), isso pode ser especialmente pertinente nos primeiros meses pós-parto, quando a função imunológica e os mecanismos de vigilância tumoral permanecem suprimidos. No entanto foi observada uma associação inversa mais forte com uma maior duração da amamentação, sugerindo que a anovulação não pode explicar de forma plena a associação porque a ovulação normalmente regressa assim que os sólidos são introduzidos.
Várias linhas de evidência sugerem que a amamentação também pode estar associada à modulação a longo prazo das vias inflamatórias, imunológicas ou metabólicas, o que poderia influenciar o risco de câncer de ovário (BABIC et al., 2020).
Segundo Babic et al. (2020), isso pode ser especialmente pertinente nos primeiros meses pós-parto, quando a função imunológica e os mecanismos de vigilância tumoral permanecem suprimidos. No entanto foi observada uma associação inversa mais forte com uma maior duração da amamentação, sugerindo que a anovulação não pode explicar de forma plena a associação porque a ovulação normalmente regressa assim que os sólidos são introduzidos.
Várias linhas de evidência sugerem que a amamentação também pode estar associada à modulação a longo prazo das vias inflamatórias, imunológicas ou metabólicas, o que poderia influenciar o risco de câncer de ovário (BABIC et al., 2020).
O que considerar na prática clínica?
O aleitamento materno é uma medida protetiva valiosa contra o câncer de mama e ovário. É válido lembrar que ele não oferece apenas benefícios à saúde da mãe, mas, também, à saúde do bebê, por isso, um manejo dietético adequado é importante para favorecer a saúde do binômio mãe-bebê.
Jasmine possui um portfólio completo de produtos que podem fazer parte da sua prática clínica e da rotina de seu paciente para a construção de hábitos de vida cada vez mais saudáveis com equilíbrio e muito sabor, clique aqui e confira