no organismo?
Introdução
Um dos principais compostos bioativos presentes na linhaça é o ácido alfalipoico (ALA), um tipo de ácido graxo presente em boa parte dos alimentos de origem vegetal. Além disso, é possível verificar um alto teor de lignanas e fibras.
No mercado, esse grão é encontrado de diferentes formas, sendo elas: a semente in natura, linhaça moída, óleo de linhaça e farinha de linhaça. De acordo com os autores, a maneira como os grãos são processados pode impactar na estabilidade e na biodisponibilidade dos nutrientes presentes na composição do alimento.
Discussão
Para discorrer sobre os mecanismos do seu consumo dietético e/ou suplementação, os autores organizaram em subseções, sendo elas:
- Saúde cardiovascular: o alto teor de ALA presente na semente de linhaça é capaz de estimular as vias anti-inflamatórias e, por conseguinte, atenuar os riscos de desenvolvimento de aterosclerose. Além disso, os autores analisaram um estudo em que os participantes consumiram, diariamente, durante 6 meses, 30g de linhaça moída. O resultado foi a melhora da pressão sistólica e diastólica associada com a diminuição de 50% do desenvolvimento de doenças cardiovasculares e infarto.
- Diabetes: dados apontam que a linhaça é capaz de agir como um anti-hiperglicêmico, tendo em vista que sua suplementação tende a reduzir os níveis de glicemia em pacientes pré-diabéticos e/ou diagnosticados com diabetes mellitus tipo II.
- Prevenção e tratamento coadjuvante oncológico: as lignanas presentes nos grãos possuem um mecanismo importante na modulação do metabolismo estrogênico e, consequentemente, na inibição da proliferação celular e estímulo da apoptose dentro do tumor.
- Saúde neurocognitiva: de acordo com os autores, o ácido ALA presente em sua composição tende a agir de maneira similar ao DHA, e, assim, melhorar as funções neurocognitivas.
- Hormônios femininos: o diglucosídeo de secoisolariciresinol (SDG) é o tipo de lignana mais presente na linhaça. Após consumir o grão, as bactérias presentes no cólon tendem a converter esse composto em enterolactona e enterodiol, que possuem estrutura similar ao estrogênio, assim, atenuando os sintomas do climatério, como fogachos.
- Saúde da pele: um estudo levantado pelos autores analisou o efeito da suplementação, por 12 semanas, com óleo de linhaça em pacientes com diagnóstico de sensibilidade cutânea. De acordo com os resultados encontrados, o suplemento é capaz de influenciar na melhora da hidratação e suavidade da pele.
- Saúde gastrointestinal: os benefícios do grão no sistema gastrointestinal dependem do formato. Entretanto, todos os formatos influenciam na melhora da composição da microbiota intestinal e do estímulo das vias anti-inflamatórias.
Conclusão
Embora as doenças cardiovasculares e os diferentes tipos de câncer sejam os quadros mais estudados na ciência, é possível analisar as diversas possibilidades do uso deste superfood com foco na qualidade de vida do seu paciente, bem como todos os benefícios supracitados.
Acesse o estudo na íntegra.
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